segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Uma estrada deserta. Um caminho de ir e vir. A lua no céu de estrelas é um sol que ilumina a noite, e a silhueta dos campos é soturna  e noturna. Tu vens a mim, e eu sou a própria estrada; Tu me tomas de mim, e eu me entrego ao desatino dos caminhos. Tudo é silêncio ao meu redor, e o fogo do desejo queima os meus ouvidos. Tu sussuras a mim os teus desejos, e eu ouço a música dos ventos nos teus lábios. A lua no céu de estrelas é um sol que te ilumina, na estrada deserta eu sou um rio que desemboca em tua foz. Nós somos a própria estrada.



Tu és a minha namorada nesta noite, e eu me entrego a ti; Tu és a magia que eu reencontrei na solidão deste momento, e o olhar da lua é um rubro de amor e de desejo. Nossos corpos se deitam na beira do caminho: terra e areia, chão de porcelana. Tu és uma chalana a conduzir os meus dissabores e os meus beijos, e somos um caminho infinito a percorrer. Nós somos o tudo num viver de sonhos estreleiros, e enquanto o mundo dorme nos amamos. Sem cuplas. Sem preconceitos. A estrada deserta é o nosso leito, e a silhueta dos campos um cenário de mistérios. Nós somos amantes da noite, nascidos para a inquietude dos desejos, feitos para um encontro.

Eu te completo. Tu me completa. A lua na estrada é um sol que ilumina a nossa noite...  

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