quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Eu sou um pescador de estrelas. Minha alma de pontes-suelas procura a noite, e o meu pesqueiro é um remanso ao lado esquerdo da lua. Minhas linhas de mão estão lançadas, e eu me alimento da luz que se irradia dos teus olhos. Pois tu és uma estrela, e a minha alma de pontes-suelas procura a noite. No açoite da escuridão do universo eu vejo todos os versos e todos os poemas de amor, e não mais a minha dor. Eu sou um pescador de estrelas que escolheu a noite dos teus olhos, e nela eu alimento os meus instintos. Tu já não és o labirinto que eu pensei que fosses, e aos poucos eu vou me encontrando em teus carinhos. Eu vou redescobrindo os meus caminhos.



Eu sou um pescador de estrelas. A vastidão do firmamento é o meu porto. Alí eu sou um barco em movimento, levado pelos novos ventos do amor. O Cruzeiro do Sul, a estrela Vésper, a Constelação de Centauro, todas elas estão amarradas a mim e a minha alma, na linha do invisível que eu sustento. E eu espero apenas o tempo dos dias na dimensão do céu que me abriga. Eu já não tenho a dor em mim, e tu já não és o labirinto que eu pensei que fosses. E eu vou, aos poucos, redescobrindo os meus caminhos. Que eu sou um pescador de estrelas. Minha alma de pontes-suelas procura a noite, e o meu pesqueiro é um remanso no lado esquerdo da lua.

Não foi alí que tu deixou o teu olhar?     
     


     

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