quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O FERMENTO DA POESIA

Escrevo o meu verso com um pé quebrado. Tresloucado estou na madrugada, insone, e a vida me parece um tango figurado. Não almejo algo que eu ja não  possa ter: agua para beber e um pouco de erva e sal. Nestes dias de loucura eu tenho me alimentado pouco.                                                                

O fermento da poesia é o meu único sustento. Nada me traz mais alegria do que têla comigo, enraizada no coração. Estou vivendo em outra dimensão, longe de mim e das coisas antigas da minha vida, mergulhado na escuridão da alma. Sobrevivo do amor que me restou.



Sou um sobrevivente de mim mesmo. Reconstruído em bronze, metal ainda fervilhante. A minha mente é a minha fortaleza, luz da certeza num vale encoberto por neblina, de onde descanso para ressurgir. O tempo de cada um é marcado em um relógio Suiço.

Aos que me querem bem eu digo: estou bem. Além disso, apenas a poesia tem o meu consentimento. Escrevo como penso, como sinto, e o meu paraíso é parte de um soneto. Nada mais lamento, aprendo sim a caminhar outra vez. Feliz é quem pode me corresponder.

O fermento da poesia é o meu viver.