sábado, 19 de maio de 2012

Um anjo e um demônio. Eis a tua verdadeira face. A foice e o martelo ceifando as almas dos fracos, encantados pela auréola verde do teu olhar. Um mar de possibilidades, mas um oceano de mentiras. Um demônio travestido de anjo, mas mesmo assim angelical. Seria Celestial mesmo em pecado se não fossem as tuas pequenas e insinceras artimanhas. Tu me teves e eu te tive, na mais intensa glória do meu coração. Mas falo apenas de mim, que dediquei a minha alma ao momento supremo, ao teu beijo enlouquecido, ao teu olhar de marte.


O maior dos sacrilégios é deixar o amor chegar ao coração do outro se você não está pronto. E eu estive. E te esperei. Mas não te reconheço mais. E por mais dor que eu sinta agora, mesmo assim eu te farei partir. E embora eu pense que estas palavras já não possam te tocar, mesmo assim eu te direi: Não há paz na mentira, nem pode haver amor na inconfiança. Segue a estrada do inferno de tua vida, amada minha, que eu vou agora seguir pelo inferno do que sobrou da minha. No final, como Nero, ambos queimaremos numa Roma incendiada pela loucura dos homens, lado a lado.

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