segunda-feira, 28 de maio de 2012

Seis horas da manhã. Eu já não durmo a dois dias. Meu coração é uma aquarela de sangue e de sêmen, de sexo e calmaria. Estou vivendo o que não posso conter em mim, e as palavras são a minha última esperança. Eu não sei o que o destino me reserva, e já pensei tantas vezes sobre ele. Em refazer a estrada. Em recomeçar a vida. Eu sei que o que passou me reabilita, mas quase não tenho forças. Hoje eu estou só, e me sinto o último homem sobre a terra. Um deserto de solidão se derrama sobre mim, e o fim é apenas o início de mais uma duna. Mas eu vou sobreviver.



Porque no fim da estrada há uma luz de fogo. E eu vou queimar os meus medos para te encontrar nesta estrada. Eu sei que tu és menos minha a cada dia. E sinto que o destino força nossos caminhos separados. Mas eu quero vencer a força do destino. Que um homem e uma mulher foram feitos para o encontro. Para o encontro dos olhares, dos destinos. O encontro dos corpos lancinados em busca do prazer. Tu me dizes que me esperas, mas eu te digo: Eu só te espero em meu futuro, e não agora.

No filme da vida isto, de repente, é o amor.

   

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