sábado, 19 de maio de 2012

O meu amor anda distante. Não sei onde ele anda. Talvez ande perdido numa gôndola veneziana que partiu na sexta feira da paixão e me deixou aqui, sem dentes e sem um lápis de escrever.
O meu amor é cego às vezes. Brinca comigo como se eu não soubesse de seus casos, de seus acasos e descompassos. Eu finjo que não vejo. Demonstro que nada sinto. Contraceno com o ciúmes e represento numa cena de tango argentino. Mas eu não sou um ator, nem contramestre. E sempre naufrago em meio às minhas vicissitudes.

Pobre do meu amor. Vive de remendos, de arremedos, de uma única e pequena esperança. Dele só me restam duas lágrimas de poeira.

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