POEMA EXPLÍCITO
Um predador:
É assim que eu me sinto,Um leão faminto à espreita de sua presa
Sem a coragem de te devorar.
Mas seria capaz de te
destroçar
Se me fosse permitido;Exito e, sem saber qual o motivo,
Espero o sinal verde dos teus olhos.
Tento dormir,
Mas meus hormônios desvalidosTransbordam as minhas artérias
Numa enxurrada louca de testosterona
Que me faz enrijecer.
Quero entender,
Mas a tua pele sobre a
minhaÉ suficiente para mim.
Sinto o teu toque,
Meu corpo queima como o marfim,E eu farejo o teu hálito em meu nariz.
Na tua boca
O meu beijo é de um furor despudorado:
Salivas, dentes, corpos mordiscados,
E a minha língua entrelaçada
Age para sugar teus grandes lábios.
- A implicitude de tudo é
um descaminho,
E já não respeito nem
sequer a tua pureza. -Como a uma “Petite” francesa eu te desejo,
E com os dedos percorro cada pedaço de teu corpo;
Engulo o teu sexo, mastigo as tuas ancas,
Vêntre, coxas, ânus, seios...
Meu membro é um punhal que
te procura,
E a tua boca um madrigal.
Como o sal do mar eu te
aconchego,
Concha de ostras, sonhos
de outono,No mar revolto das tuas pernas eu aderno.
Tu és uma amazona,
E eu sou um potro sem dono;Numa fúria incessante nos amamos,
Luxúria e carne, gritos e gemidos,
lá fora o mundo nem sabe que existimos.
Tu gozas. Eu gozo sobre
ti.
Nossos corpos quentes se
confundem
Numa mescla de suor e de
vertigem:Braços e pernas, troncos e membros,
Somos um ser apenas, em regozijo.
Tu me olhas. Nada te digo.
Apenas acaricío os teus
ouvidos,E tudo finalmente chega ao fim.
(By Alex Brondani)
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