domingo, 6 de maio de 2012



POEMA EXPLÍCITO




Um predador:
É assim que eu me sinto,
Um leão faminto à espreita de sua presa
Sem a coragem de te devorar.

Mas seria capaz de te destroçar
Se me fosse permitido;
Exito e, sem saber qual o motivo,
Espero o sinal verde dos teus olhos.

Tento dormir,
Mas meus hormônios desvalidos
Transbordam as minhas artérias
Numa enxurrada louca de testosterona
Que me faz enrijecer.

Quero entender,
Mas a tua pele sobre a minha
É suficiente para mim.

Sinto o teu toque,
Meu corpo queima como o marfim,
E eu farejo o teu hálito em meu nariz.
 
Na tua boca
O meu beijo é de um furor despudorado:
Salivas, dentes, corpos mordiscados,
E a minha língua entrelaçada
Age para sugar teus grandes lábios.

- A implicitude de tudo é um descaminho,
E já não respeito nem sequer a tua pureza. -
 
Como a uma “Petite” francesa eu te desejo,
E com os dedos percorro cada pedaço de teu corpo;
Engulo o teu sexo, mastigo as tuas ancas,
Vêntre, coxas, ânus, seios...

Meu membro é um punhal que te procura,
E a tua boca um madrigal.

Como o sal do mar eu te aconchego,
Concha de ostras, sonhos de outono,
No mar revolto das tuas pernas eu aderno.

Tu és uma amazona,
E eu sou um potro sem dono;
Numa fúria incessante nos amamos,
Luxúria e carne, gritos e gemidos,
lá fora o mundo nem sabe que existimos.

Tu gozas. Eu gozo sobre ti.

Nossos corpos quentes se confundem
Numa mescla de suor e de vertigem:
Braços e pernas, troncos e membros,
Somos um ser apenas, em regozijo.

Tu me olhas. Nada te digo.
Apenas acaricío os teus ouvidos,
E tudo finalmente chega ao fim.

(By Alex Brondani)

Nenhum comentário:

Postar um comentário