Meu interior. Não existe cor ali, nem matiz. Existe a infeliz resposta do querer, do viver e do não saber. Três verbos que dizem tudo e não dizem nada, e que se esfacelam. As mazelas eu curo com macela, que alguns dizem marcela, mas que sempre é o mesmo chá: amargo, amarelo, aquarelado de azedume. Meu interior é um cardume de peixes todos da mesma espécie, sardinhas prensadas numa rede, rude singeleza de óleo e lata, um universo contido em uma circunstância.
Escrevo sobre mim porque preciso. Desculpe-me o improviso, mas eu não posso controlar. Estou como àquele que contempla o mar sem ser capaz de atravessá-lo, mas que mesmo assim se atira aos contrafortes. Com sorte eu chego à Africa ainda pela manhã, mas tubarões rondam a minha enseada. Eu sempre pensei que nada seria capaz de me deter, hoje eu penso que o querer nem sempre é o suficiente. Meu interior pressente o início e o fim, mas eu sou um universo contido em uma esfera.
O dia está nublado, sem sol, e eu me pergunto: onde foi parar a minha luz? Quem me conduz agora é o turbilhão do destino, e nele eu sou apenas mais um em desatino. Eu sempre brilhei por conta própria, mas agora eu procuro a luz no fim do túnel. Somente tu, que nesta hora me questiona, é quem me orienta. Meu interior não se contenta em ter-te apenas por metade, talvez por isto esta ansiedade, talvez por isso este vazio. Eu sou um universo contido em uma estrela.
Eu sigo para onde tu me apontas.
Escrevo sobre mim porque preciso. Desculpe-me o improviso, mas eu não posso controlar. Estou como àquele que contempla o mar sem ser capaz de atravessá-lo, mas que mesmo assim se atira aos contrafortes. Com sorte eu chego à Africa ainda pela manhã, mas tubarões rondam a minha enseada. Eu sempre pensei que nada seria capaz de me deter, hoje eu penso que o querer nem sempre é o suficiente. Meu interior pressente o início e o fim, mas eu sou um universo contido em uma esfera.
O dia está nublado, sem sol, e eu me pergunto: onde foi parar a minha luz? Quem me conduz agora é o turbilhão do destino, e nele eu sou apenas mais um em desatino. Eu sempre brilhei por conta própria, mas agora eu procuro a luz no fim do túnel. Somente tu, que nesta hora me questiona, é quem me orienta. Meu interior não se contenta em ter-te apenas por metade, talvez por isto esta ansiedade, talvez por isso este vazio. Eu sou um universo contido em uma estrela.
Eu sigo para onde tu me apontas.
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