quinta-feira, 12 de julho de 2012

Quando uma estrela se apaga e um amor morre em uma explosão de luz, tudo é difícil de entender. O cosmos é uma imensidão de fragmentos, e eu sou um cometa lançado ao vazio da Via-Láctea. Nada pode me acalmar. Nada pode me gravitacionar. Apenas o vazio de minha alma combina com o vazio do universo. Meu coração está implodido. Arrasado. Desfaçelado. Assediado por desejos que devem se afogar numa constelação de lágrimas, lágrimas estas que eu já nem consigo derramar. Quando uma estrela se apaga e um amor fenesce antes mesmo de florescer é difícil de aceitar. Mas assim é o destino: ele chega e se apresenta. Impõe suas condições e reconduz tudo o que toca. É um buraco negro que suga toda a luz que há nos olhos. E nos meus olhos há apenas um rouxinol de tristezas.


Eu estou triste. Na solidão desta noite infinita eu me perco de mim e do mundo. Nada pode me consolar. Eu queria apenas estar longe, num pesqueiro distante de tudo, onde a alma se funde com a noite e com as águas. Onde o peixe represente o milagre da ressureição. Eu quero ressuscitar a minha alma tombada pela dor. Pois eu te amei como poucos. E eu te dei e me entreguei aos teus delírios. Mas eu cansei. Não posso mais viver assim, entre a cruz e a espada. Eu escolho o abismo. Me lançar à ele e mergulhar nas suas incertezas a prosseguir assim. Eu estou triste. E nesta noite infinita nada mais pode me consolar. Eu sou um cometa lançado ao vazio da Via-Láctea. Apenas o vazio da minha alma combina com o vazio do universo. Pois quando uma estrela se apaga e o amor morre em uma explosão de luz, tudo é difícil de entender.

Eu sou um cometa lançado ao vazio da Via-Láctea...

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