terça-feira, 10 de julho de 2012

Eu retorno, e as palavras me escoltam pela mão. Que eu não consigo me ausentar nem mais um dia. Que o meu coração é uma nau de tempestades. E eu prometi que voltaria, por isso estou de volta. Porque não se quebra uma promessa feita pelo coração cheio de amor. E eu estou feliz. Feliz porque a poesia me tocou a alma nestes dias. Porque eu reencontrei a alegria de escrever. Porque por mais que isso pareça ser quase impossível, às vezes acontece.

A vida é uma procissão de almas que se misturam. Num certo dia estamos juntos, no outro, nunca mais. E só a poesia é a razão da caminhada. A explicação para as armadilhas da jornada larga da vida. Então eu escrevo. Um poema, dois poemas, mas quantos poemas me restam? Eu conto a vida pelos versos que escrevo. Os anos são trevos de sorte que simbolizam apenas meus verbos, e que marcam o cronômetro do meu tempo. Eu estou vivo, é o que importa, e tudo o mais é uma estrela de algodão.

Espera que o teu verso vai chegar em breve. Talvez já no próximo soneto de amor. Talvez já na próxima leitura de tua alma. Veja: as palavras estão nos sorrindo outra vez...

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