terça-feira, 12 de junho de 2012

Metamorfose. Eu hoje observei a tua metamorfose. Teus olhos cor de chumbo viraram cor de vidro. Teu rosto de visões noturnas virou um sol de cores leves e aparentes. Teu corpo frio e cansado ganhou vida feito um rio. E foi impressionante. E belo. E poético. Teu rímel e teus cremes nas mãos fazem do tempo um brinquedo. Escondem o tempo. Embelezam o teu rosto. Eu apenas constatei.

E depois de tudo, o tudo e o nada. Tudo porque foi a essência do que o belo é capaz de produzir. Nada porque a beleza emana não dos teus truques, mas da tua alma. E eu ví a beleza da tua alma. Eu a conheço. Conheço-a desde a rama até a raiz. Desde a flor até os frutos. Dos cabelos ao descolorido do arco-íris. Agora vai, leva a tua beleza para os outros. Que o que é belo deve ser apreciado. Que o que é belo deve ser admirado. Pois que a beleza é uma flor que floresce e que fenesce, mas que se perpetua nos olhos dos que tem raízes no olhar.

Agora vai, leva a tua beleza para os outros...


    

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