quinta-feira, 28 de junho de 2012

Alma de rio. Assim eu me defino, assim eu me sinto. Um rio caminheiro que busca o mar no fundo de sí e na jornada. As areias do tempo em minhas márgens dão vazão ao que sinto, ao que quero e ao que me conduz. As águas dos meus olhos enchem o leito e me levam feito uma folha de plátano que pousou sobre mim. E eu vou sereno em calma corrente e corredeira, ciente de que tudo o que me espera é um novo desafio. Eu não posso segurar em barragens as minhas ânsias. Eu vou. Me conduzindo. Sendo levado.




No sereno das madrugadas as estrelas beijam as faces do rio. A lua banha-se no espelho das águas e os silêncios se aquietam para escutar o cântigo das águas que deslizam para um novo destino. Um rio nunca é o mesmo quando o revemos. Um dia nunca é o mesmo quando acordamos. E a vida nunca é a mesma quando decidimos vivê-la. Com a alma de rio e um sonho de estrelas eu me entrego aos devaneios. Onde estarei? Para onde eu vou? Nem mesmo o destino é capaz de responder.

Eu sou o próprio fantasma das águas...

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