sexta-feira, 22 de junho de 2012

Eu ontem acordei de um sonho agitado. Um sonho expressivo. Um sonho de pecado. Eu sonhei com uma igreja. Eu sou católico e frequento a igreja de tempos em tempos, muito embora menos do que necessito. Os sinos batiam, e eu estava lá. Encantado. Enfeitiçado. Alguém me chamava pelo nome, mas eu não sabia onde. Era de dentro da igreja. Era da sacristia. E eu fui conduzido como que fisgado pela voz. Uma voz de mulher, sedutora, inebriante e misteriosamente doce. Eu não sabia quem era.

Quando lá cheguei, lá estava ela... Uma mulher linda, a quem eu nunca vira antes. Com uns olhos azuis que cintilavam, e com uma auréola negra no olhar. Lápis eu pensei. Eu sempre gostei de mulheres que se pintam. E ela estava vestida de vermelho, mas poucas eram as suas roupas. Eu logo percebí que não se tratava de uma freira. Nem de uma noviça. E ela me ofereçeu a hóstia consagrada. Mas não com as mãos, com a boca. E eu comunguei e confessei os meus pecados em seus lábios. E não satisfeita ela depois me ofereçeu o vinho. Mas não o vinho na taça da aliança, não. Ela o derramou em suas pernas. E aquela visão estonteante do vermelho de sua saía e do vinho escorrendo foi algo próximo ao que entendo de um milagre. E eu beijei-a dos pés a virilha, da virilha até o seu ventre, do ventre ao seu sexo. E então ela deitou-se sobre a mesa altar de celebrações e nos amamos alí, sem mais pecados. E só então eu acordei.

E assim como o meu sonho tem sido a minha vida nestes dias. Uma grande e imensa loucura...



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