terça-feira, 25 de junho de 2013

O CRIME E O CASTIGO

Resignado estou. Apaixonado estive em teus braços, explosão de luz no universo de uma noite negra. Estou como um cometa desgovernado, lançado para o longe da tua orbita, esfacelado, num destino traçado para a colisão.

Tu fostes esta paixão acolhedora, arrebatadora dos destinos e sorrisos, um ponto de infinito no espaço sideral. Nós dois juntos fomos um sol uníssono, queimando o combustível das estrelas. Na tua boca eu bebi da mais intensa e alvissareira estrela.

Tu sabes disso. Sempre soube. Ouve agora o riso do meu coração entristecido, sabedor de que nada mais vai ser como será. Está vencido o porto do infinito, o ponto de onde poderia se voltar. Agora o destino vai nos desintegrar.

Eu choro e o meu pranto é seco. lamento tudo o que eu causei em ti, e de mim, apenas o que eu não vivi. Vai ser assim, e o passar dos dias vai ensinar-te como foi o nosso fim: um recomeço em nova estrada e novo rumo.

Talvez um dia a gente possa olhar pra trás e ver o que hoje aqui ficou. Um manto de amor e de estrelas. Uma esteira de prata no luar. Um pedaço do que poderia ter sido. Resignado estou, sem mais no coração para te dar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário