quarta-feira, 6 de junho de 2012

Se os olhos são a janela da alma, os teus são os olhos do desejo. O verde que cintila é um paraíso, onde se perde até mesmo o mais sensato dos arautos. Teus olhos são assim, um veneno para poetas e pastores, um desatino para os loucos que mendigam pelo teu amor. Os teus olhos conquistam pelo olhar, mas não te entregam. Os teus olhos seduzem simplesmente por pousarem noutros olhos, e depois fogem. Os teus olhos são o teu mister. Mas eu conheço o teu olhar. Sei quando tu mentes e quando gozas, e também quando tu te entregas para mim. Porque os teus olhos são assim feito a tua alma: puros, lindos e sinceros. Inquietos, livres e libertos, abertos para a vida. Eles não vêem a maldade que te cerca, não enxergam os defeitos de quem amam, e amam a todos os que lhe dão intimidade. Os teus olhos são os olhos de uma mulher menina. São ferozes e vorazes. Sedutores e marrentos. Sedentos de amor, de carinho e de ternura.

Eu te amei primeiro por teus olhos, e tudo após foi um turbilhão de consequências. De cenas quentes e de perfumes, um orvalho de flor e intimidade. A magia do teu olhar agora vive em mim, enraizado em cada pedaço de meu corpo. E se os olhos forem mesmo a janela da alma como dizem, os teus olhos agora são o farol do meu destino.

                                         

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