terça-feira, 26 de junho de 2012

São cinco horas da manhã. Eu não durmo. Minha mente fervilha em poesia, e eu vejo versos perdidos pelo chão. Meu coração quer juntar à todos, mas mal cabem nele os que eu ainda não escrevi. Estou em transformação. Minhas mãos ágeis batem no teclado, ansiosas para verem o que vem à frente. Estou esperançoso, forte como há muitos dias não estive. Eu estou de volta nos trilhos da minha alma, e minha vida verte em rimas compassadas e assertivas. Eu sou o poema. Eu sou a minha própria criação.

Um mundo novo se vislumbra para mim. A fé e as palavras me invadem de arrebalde, e uma fogueira abre um clarão na minha alma. Eu consigo ver a luz, e a viagem que iniciei está apenas começando. Eu estou me descobrindo. Me reescrevendo de uma forma louca e enluarada. Os meus versos estão vivos e pedem passagem ao papel e à caneta, e eu me transpasso para além das formas da poesia. Em cada rima eu trago um sol uníssono. E uma estrela em cada mão. Um novo destino se forma dentro dos meus olhos, e eu ganho asas na direção do céu.
Não me procurem mais onde eu estava. Alí só encontrarão a minha carcaça. Eu estou livre. Forte Outra vez. Estou Transbordo de uma força vital que não sei qual. Eu estou vivo. Reconstruído.

Não me procurem mais onde eu estava. Eu sou o poema. Eu sou a minha mais nova criação.



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