domingo, 17 de junho de 2012

Ingênuidade. Malícia. Sedução. Eu não entendo o teu jeito. Mais do que isso, eu não o compreendo. Tudo o que me fez me aproximar de ti é o que me afasta agora. Aos poucos eu vou percebendo que não buscamos o mesmo horizonte. Não se pode ter tudo, e um sonho é sempre a metade do que sonhamos. O que queres da vida, eu te pergunto? Seduzir ou construir? Amar ou maliciar? Dividir-se ou se entregar? Não se constrói uma torre para tocar o céu em base insólita, nem se ergue um edifício em chão de areia.


Eu não sinto os teus pés neste escaler. Embarco numa viagem de caminhos taciturnos e noturnos, mas eu não vejo a tua alma. Eu te procuro no tempo, mas só te encontro no sexo. Somos iguais em parte, mas diferentes e opostos no resto, e eu não sei te dividir. E enquanto te escrevo a torre sobe cada vez mais alto, e mais alto... E quando ela chegar na altura das núvens, talvez eu já não compreenda o que tu digas.

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