quarta-feira, 27 de junho de 2012

Numa floresta longe de tudo vivia Oncélia, uma onça sem dentes que era amiga de Meg, uma tartaruga verde. Oncélia todos os dias comia da comida de Meg, que era farta e macia, e Meg nunca chegava atrasada no trabalho, visto que andava sempre nas costas de Oncélia. Naquela floresta o rei era um macaco, e os bois e os veados eram os pastores. As galinhas fabricavam sabão e os elefantes faziam todo o trabalho pesado. Mas o trabalho sujo não era feito pelos porcos. Tudo estava virado, e mesmo assim a vida prosseguia. Tudo era desproposital, mas a felicidade era uma escolha de cada um.



Os leões e os tigres faziam balle, e o jacaré era um dançarino de tango. As girafas jogavam golfe num descampado, e o sindicato dos pássaros decretou que ninguém de asas podia voar. No hospital uma velha traíra atendia num aquário, e eu, inquieto, observava a tudo, querendo por tudo em seu lugar. Mas o que estava errado? Nada. Eram os meus olhos que não viam o mundo ao meu redor. Todos nós temos problemas. Preconceitos. Vivemos numa roda viva e esquecemos de olhar para a floresta. Um dia caímos nela e não mais a reconhecemos.

A vida é esta floresta. Não procure explicações. Não tente concertar o que passou. Viva com ela.Viva Nela. Nada faz sentido nesta vida. Todos morremos. Só o que interessa é o que fazemos com amor. E eu te amo pelo que tu és. Por o que tu foi. E por o que serás.  

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