terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O Natal

Renovo a minha fé neste Natal. O tempo é inexorável e a vida é uma corredeira de águas brancas e espumantes. As nuances deste dia me remontam à infância, ao tempo perdido e mágico de cada um de nós. Eu sou um peregrino em busca do seu caminho, atropelado pelas circunstâncias do destino. No improviso da estrada eu sigo o rastro da estrela de belém. Nada e nem ninguém sabe o que sinto, mas eu pressinto um tempo de bonança e calmaria. Assim é que eu espero este natal.

 Refaço a minha armadura neste dia. Vivo fragilmente dentro de um traje intransponível, blindado, escondido em minha alma. Mas quem não é assim? O que somos e o que fomos não importa, importa apenas no que acreditamos e no que queremos ser. No amanhecer das coisas naturais a mãe terra germina um  novo e comovente dia, e eu reconstruo a minha vida nas coisas que agora eu quero ter.  No meu interior há um sonho adormecido que desperta.

É dia de Natal. De noite o céu será estrelado e pelo mundo os duendes do papai noel distribuirão os seus presentes. Antigamente três reis magos levaram incenso, ouro e mirra àquele que seria o menino mais famoso do meu povo. Hoje, dois mil anos depois, parece que tudo se renova. Que tudo se envolve, outra vez, de amor, alegria e de de esperança.

Eu renovo a minha fé neste natal. No céu o meu olhar procura a estrela de belém.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário