sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O Desalento e as Suas Consternações

Te compreendo. Tudo é desalento ao pé do tempo. Perdida estás de mim que não te encontras. Por onde andas? Eu sou um panda gigante à tua frente, que seria impossível me disfarçar. E os meus olhos de mar seriam algo de navios além do oceano. Engano meu seria não te notar. Onde estavas? Aqui é o teu lugar, junto de mim e do meu coração.

Estás perdida? A vida é um leva e traz de cochichos e arreios que vez por outra nos enredamos. Estamos ao pé do estribo, caminhos ajustados para o esquecimento. Mas que és tu? O que te fere? Qual a causa que te traz intimidade?

Eu sou o mesmo desde sempre. Não mudei nem um centímetro, e então, porque tu não me reconheces mais? Será tão difícil assim de me notar? Existem perguntas que não tem respostas, e tu sabes bem que é assim . Arredio tem sido o teu sorriso para mim, largo e impreciso como as folhas pelo chão. Já é outono?  Vejas que também estou perdido, enredado nas palavras de um verso sem refrão, arrancado do inverno da alma pelo teu bordão. Mas porque estás perdida, menina?

Eu te contemplo. Tudo é desalento ao pé do tempo.

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