quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Dos caminhos do amanhã

Uma lágrima pela nostalgia de um momento, por um tempo que ficou para trás. Os dias se arrastam para o consumo da vida e só o que fica são as lembranças do passado. O tempo presente é tão breve, tão instantâneo, etéreo. É o elo de uma corrente rompida na alvorada dos dias que floresceram, os que guardam os nossos erros e os acertos.

Uma lágrima por este tempo. De um tempo em que tudo era um sonho coberto de flores e alecrins, onde a vastidão do campo não assombrava um jovem andarilho que forjava o seu caminho. Não existem horizontes de espinho aos olhos de quem é jovem, nem poeira capaz de turvar os seus olhos sedentos de alforria. As asas da mocidade são vagalhões que lavam e transformam a alma do tempo. Mas não reclamo do tempo. Não. Nele eu vivi tudo o que podia e tudo o que eu quis. A intensidade deserta de cada lembrança é uma quimera feliz. Eu caminho para frente, para o futuro dos meus dias arredios, dos meus sonhos alquebrados, para o meu consumismo inovador. O caminho que me leva ao amanhã é o de agora. Nesta estrada eu sigo adiante, viageiro.

Vem comigo. Que a minha estrada é um caminho passageiro.



Nenhum comentário:

Postar um comentário