sexta-feira, 28 de novembro de 2014

QUASARES

Eu sou a estrada do mundo. No fundo e no interior de mim há um sem fim de caminhos e destinos, uns improvisados e alguns pavimentados, outros ainda por trilhar. Eu sou o deserto do mundo. No final das fronteiras de areia vivem os meus sonhos, pirâmides construídas para resistirem ao tempo, ao vento, ao sol. No farol das estrelas eu me destino.

Os meus olhos desenham caminhos. Até onde eu vejo o horizonte eles se alinham e se divisam, afundados no oco do mundo. No fundo dos olhos eu tenho guardada a alma estradeira que me incendeia, a poeira dos caminhos, a roda do destino. O meu mundo roda sobre o eixo de um moinho.


Eu sou a estrada do mundo, imundo, sujo e maltrapilho. Um andarilho que gira em torno de seu próprio eixo, arrocinado pelo fogo da estrela, sob o sol, ao derredor do sol. No rol das ilusões que me guardam eu persisto, resisto, e sigo em frente.

Eu sou a vertente do mundo.


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