quarta-feira, 11 de julho de 2012

Vem dançar comigo, você diz. Mas como se eu não sei dançar? Eu apenas sei vivenciar a dança: a dança das palavras, a dança das rimas, a dança do rio da vida. Eu olho as estrelas à noite e contemplo a ciranda mágica do universo. Eu afundo os pés na água e vejo a dança musical dos rios. Eu contemplo a natureza e percebo a dança celestial do vento. E como pode eu não saber dançar e estar cercado pela dança? Eu procuro a resposta em meus caminhos e então compreendo: a dança é a poesia em movimento.

Há poesia num par de dançarinos que se encontram. Na entrega de seus olhares versos ricos e profundos se desenham, escritos na estrutura ilógica dos seus corpos. Em cada passo uma expressão reveladora. Em cada movimento um novo ato. São poetas os dançarinos, assim como tal são os poetas. Escrevem, com suas almas, uma história composta de música e harmonia, de sonho e de leveza, do amor em movimento. Nos rostos os sorrisos são a expressão de suas almas. Alí estão a felicidade, a euforia, a sua vitalidade.

Um par que vem. Outro se vai. Outro que fica. Num "Bailongo de Mato Grande" um certo Jaime já vivenciou o que eu percebo. Vem dançar comigo, você diz. Mas eu já estou no meio desta dança: eu sou a poesia em movimento.  

3 comentários:

  1. MASZÁ MEU ILUSTRE POETA...ISSO É POESIA.PARABENS ALEX BRONDANI.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grande amigo Paulo! Gracias pelas palavras. Tu sabes mais do que ninguém que a poesia é movimento. Escrever, para ti, tenho certeza de que é o mesmo que para mim: uma necessidade. Grande abraço!

      Excluir
  2. "A dança é a poesia em movimento"...Foi até hoje a mais Bela definição da própria dança.

    ResponderExcluir