quarta-feira, 4 de julho de 2012

Estas lágrimas são para ti. Eu não te dei Adeus, mas até breve. A neve é o tempo das desesperanças que derretem no verão, reflorecidas na primavera. Vivemos o nosso inverno clamoroso, e tudo nele é frio e congelado. Mas ainda existe calor. Eu sinto. Eu não o percebo, mas o sinto. No sentido de tudo é que eu me perco, e caminho em passos absortos e lentos para um destino que eu não sei qual é. Eu sinto que te perdi neste tempo, mas algo em mim me diz que o tempo é uma ciranda. E quando ele voltar talvez eu possa te encontrar. Mas agora eu vivo o meu inverno clamoroso, e tudo o que eu tocar vai congelar. Há que se esperar o tempo do verão das flores.



Nós não somos inimigos. Mas também nem mais amigos. Somos algo que ficou no limbo entre o vazio e o amor. Algo que se descreve como um passado recente mas que se tornou distante. Um sonho que não vingou. Eu olho a lua no céu e te percebo. Tudo é tão difícil de explicar que eu já não sei nem mesmo o que fazer. Eu estou sendo levado, conduzido pelos ventos gelados deste inverno que me agride. Que é bom também mas que é, ao mesmo tempo, ruim.

Tu não vês? Aponta-me. Pois eu não enxergo a luz...

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