
A paisagem que a cerca me observa. Eu bebo na sede de encontrar a calmaria, mas transpiro em demasia. O que se esconde por detrás desta janela? Que vidas e mazelas debruçaram-se aqui antes de mim? Sobre o desbotado azul de arestas portuguesas, alguém ali um dia já pousou o seu olhar. Mas, agora, a janela apenas é a marca de um tempo que passou.
Tu me ouvistes? O tempo passa. Nada me afasta do olhar os devaneios, e a poesia do momento me redemunhou. Eu só penso no que há por trás desta janela abandonada.