terça-feira, 9 de outubro de 2012

Desilusão?

Eu não posso conviver com a tua loucura. Noturna e negra é a tua alma, e eu sou o oposto do teu sol. O anzol que me fisgou perdeu sua fisga, e a rusga que me apunhá-la em todo o dia mostra-me o equívoco. Me esquivo das palavras para fugir de ti, mas tu me enredas num labirinto do qual eu não consigo me libertar. Eu te pergunto: você está disposta a me amar?

Entrega-te ao teu destino, seja ele qual o for. Se partires eu chorarei por ti, mas não irei mais te impedir. Tu pareces não querer viver o que eu vivo, compreender o que me move, aceitar o que te dou. Segue o teu caminho de romances passageiros se este for o teu destino, pois chegará o dia em que tu vais te encontrar. Eu te ofereço um porto seguro além do mar, em terra firme, longe das grandes ondas de um oceano intransponivel. Se não é o que queres, meu amor, então não ancore a tua nau nestas paragens.


Que eu sou um mistério de cruzeiro, um triângulo das bermudas desconhecido dos homens, um tesouro a descobrir. E eu procuro uma mulher, não a menina. Eu tenho tanto de valor quanto defeitos, mas os meus feitos são maiores que os meus erros. E sou merecedor de cada um dos meus caminhos. Eu te escolhi em meio a tantas seduzido por tua fala, e te trouxe com tua mala para a minha vida atribulada, mas, e você? Viestes? Ainda há tempo de zarpar no rumo do mar desconhecido.

Tu sabes como eu sou e como penso, e eu te pergunto: porque me provocas? Porque fazes tudo o que não gosto? Porque escolhe reviver o teu passado e esquece do futuro que te abre um novo céu? É nele que eu estou, não no que passou, e eu não quero mais lembrar-te disso. No improviso disso tudo estamos nós, conduzidos por um amor que não se encontra. Mais uma vez eu te procuro, e te relevo, mas agora eu renego as tuas palavras. É meu direito. É a minha derrota. Existem horas em que só o silêncio nos conforta.

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