O meu amor é cego às vezes. Brinca comigo como se eu não soubesse de seus casos, de seus acasos e descompassos. Eu finjo que não vejo. Demonstro que nada sinto. Contraceno com o ciúmes e represento numa cena de tango argentino. Mas eu não sou um ator, nem contramestre. E sempre naufrago em meio às minhas vicissitudes.
Pobre do meu amor. Vive de remendos, de arremedos, de uma única e pequena esperança. Dele só me restam duas lágrimas de poeira.
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