terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Mormaço

Noites mormaçentas. Noites quentes e sedosas, escaldantes. Nunca dantes em minha vida eu ví tamanho fogo, limiar de esfrego, chumbo derretido. Eu tenho tido noites indormidas e calcinantes, meus poros vertem água, sal e sangue. Um ventilador de teto me refresca, me resseca, enlouquece a minha noite. Meu corpo pinga em gotas de desejo e de hortelã.




No divã das horas eu sigo em meu derretimento. Sou um cubo de gelo atropelado, assoprado, desmanchando aos poucos. Louco? Não. É apenas o calor... 

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